02 março 2009

Bovespa fecha com forte retração de 5,10%, em um dos piores dias do ano

Como hoje foi meu primeiro dia de faculdade e estava especialmente quente o dia, tive que terminar um site hoje também poi terei uma reunião para mostrar para o cliente amanhã, acabei ficando com pouco tempo para a postagem de hoje. Mas quando fui dar uma olhada no que tinha se passado no dia acabei dando de cara com essa notícia. Assim sendo me senti na obrigação de postá-la.

Eu pretendia falar um pouco sobre um site que encontrei, mas vou deixa isso para a próxima postagem, e pretendo falar um pouco também sobre a faculdade e os meus planos .... espero ter um pouco mais de tempo amanhã.

Abaixo o texto.

----------------------------------------------------------------------------------------

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou a sua pior queda em quase dois meses na jornada desta segunda-feira. O prejuízo histórico da norte-americana AIG gerou um princípio de "quase pânico" no mercado, com investidores temendo mais balanços desastrosos de grandes instituições financeiras. O dólar fechou a R$ 2,44, a maior taxa desde dezembro.

O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, desabou 5,10% no fechamento, aos 36.234 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,91 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em forte baixa de 4,24%, uma variação fora do normal para o mercado americano, caindo para abaixo dos 7.000 pontos pela primeira vez em mais de 11 anos.

"Tem muita gente no mercado achando que 2009 já é um ano perdido para as Bolsas de Valores. E o problema é que nós temos ainda mais dez meses pela frente", comenta Ivanor Torres, analista da corretora gaúcha Geral. "[Com o resultado da AIG] A percepção geral é de que a situação é ainda mais crítica do que se imaginava. Mesmo com todas essas iniciativas dos governos para deter a crise, a sensação é que o revés é forte demais e vai demorar para melhorar", acrescenta o profissional.

O dólar comercial foi cotado a R$ 2,442, em alta de 3,03%, a maior disparada desde dezembro. A taxa de risco-país marca 454 pontos, número 8,09% acima da pontuação anterior.

O Banco Central evitou intervir no câmbio, mesmo com as oscilações bruscas do dia, o que criou expectativas pela abertura dos mercados amanhã.

"Todo mundo esperava que o Banco Central pudesse voltar e colocar um pouco de dólares no mercado, o que não ocorreu e isso com certeza contribuiu [para o dólar de hoje]. Vamos ver como fica amanhã: o mercado vai querer ver se o BC vai ficar de fora de novo caso a taxa inicie o dia com uma alta forte", afirmou Luiz Fernando Moreira, profissional da mesa de operações da corretora Dascam.

Perdas sem precedentes

O mercado foi varrido por uma onda de nervosismo após a gigante americana de seguros AIG ter anunciado um prejuízo sem precedentes de US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre. As perdas históricas dessa empresa desencadearam o temor de que outras instituições financeiras, também fortemente comprometidas pela crise dos créditos "subprimes", abram números tão ruins quanto a seguradora, que deve receber uma injeção de US$ 30 bilhões a título de ajuda oficial.

Outro banco de grande porte, o banco britânico HSBC, reportou resultados também desanimadores: a instituição apurou um lucro de US$ 5,728 bilhões em 2008, número 70% abaixo do registrado no exercício anterior. O grupo financeiro também comunicou o fechamento de 800 agências e a demissão de 6.100 funcionários nos Estados Unidos.

O balanço da AIG foi o estopim mas não o único motivo para a derrocada das Bolsas e a corrida pelo dólar nos mercados globais. Os indicadores da Ásia, Europa e EUA reforçaram a percepção de uma forte contração da economia global, o que contribui para elevar o nível de aversão ao risco.

Nos EUA, o ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês) apontou que o setor manufatureiro teve o 13º mês consecutivo de contração. E em um das poucas notícias positivas do dia, o governo americano informou que o volume de gastos do consumidor teve alta de 0,6% em janeiro, interrompendo uma sequência de seis meses de retração consecutiva deste indicador. Já a renda das famílias teve um aumento de 0,4%. Os números estão bem melhores do que o consenso entre os analistas do setor financeiro.

No Japão, as vendas de carros despencaram 32,5% em janeiro, a pior queda desde 1974. Na Itália, uma das maiores economias da Europa, o PIB (Produto Interno Bruto) teve contração de 1% em 2008, segundo o o Istat (Instituto Nacional de Estatística, na sigla em italiano).

No front doméstico, o boletim Focus revelou que a maioria dos economistas de bancos e corretoras aumentou suas "apostas" num corte agressivo da taxa básica de juros neste ano: atualmente em 12,75% ao ano, a chamada "Selic" deve cair para 10,25% até dezembro. Anteriormente, a taxa projetada era de 10,38%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário