A Bolsa de Nova York terminou em queda nesta segunda-feira, em uma sessão de oscilações, encostando em seus níveis mais baixos dos últimos 12 anos com a ausência de indicadores que norteassem os negócios e em meio ao pessimismo dos investidores. No Brasil, a Bovespa recuou pelo terceiro pregão consecutivo (queda de 0,98%), mesma tendência verificada nas Bolsas europeias e asiáticas --a Bolsa de Tóquio atingiu seu menor nível em 26 anos.
O Dow Jones Industrial Average perdeu 1,21%, encerrando a 6.547,05 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq cedeu 1,95%, a 1.268,64 unidades. Assim, os dois índices de Wall Street voltaram a atingir seus recordes negativos de fechamento, o pior patamar desde abril de 1997 e outubro de 2002, respectivamente. O índice ampliado Standard & Poor's 500 caiu 1,%, a 676,53 unidades, nível que não era registrado desde setembro de 1996.
"Não é pânico, mas sim sofrimento contínuo", afirmou Gregori Volokhin, analista da Meeschaert New York. "Temos um público de investidores cada vez mais preocupado, cada vez mais descontente."
Depois de oscilar entre alta e baixa durante a manhã, o Dow Jones, que havia perdido 6,2% na semana passada, operou no vermelho até o fim da sessão, com um volume de operações moderado. Antes de começar a cair, a fusão entre os laboratórios farmacêuticos Merck e Schering-Plough, avaliada em US$ 41,4 bilhões, trouxe ânimo aos negócios.
"Mais uma vez, o mercado não conseguiu se manter, apesar de notícias construtivas", considerou Volokhin.
Os investidores receberam bem no começo do dia o anúncio de que a General Electric (encerrou em alta de 4,96%, a US$ 7,41) e o Bank of America (ganho de 19,43%, a US$ 3,75), duas empresas que concentraram os temores do mercado recentemente, venderão obrigações garantidas pelo Estado, podendo, assim, conseguir financiamentos.
No entanto, todas as tentativas de recuperação foram esfriadas pelos "graves diagnósticos" sobre a economia mundial emitidos pelo megainvestidor americano Warren Buffett e pelo Banco Mundial.
Buffett comparou a atual conjuntura a um "Pearl Harbor econômico", enquanto o Bird considerou que a economia mundial registrará sua primeira contração desde 1945.
O mercado obrigatório recuou. O rendimento dos bônus do Tesouro a 10 anos subiu a 2,886%, contra 2,828% na sexta-feira, e o dos títulos a 30 anos, a 3,593%, contra 3,503%.
Ao longo desta semana, os investidores aguardam a divulgação do índice de desempenho das vendas no varejo nos EUA, na quinta-feira (12), e o de confiança do consumidor, da Universidade de Michigan, na sexta (13). Amanhã (10), o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, deve fazer um pronunciamento.
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