O preço do petróleo no mercado americano disparou nesta sexta-feira devido ao aumento da tensão no Egito, onde uma onda de protestos contra o ditador Hosni Mubarak entrou em seu quarto e mais violento dia.
Na Nymex (Bolsa de Mercadorias de Nova York, na sigla em inglês), o preço petróleo bruto tipo WTI para entrega em março fechou com alta de 4,2%, para 89,23, chegando no meio da sessão a custar US$ 89,73. Já em Londres, o barril de Brent para entrega no mesmo mês quase passou a marca dos US$ 100 ao fechar em US$ 99,49, com alta de 2,16%.
Os preços começaram a subir mais rapidamente após o governo dos Estados Unidos terem expressado preocupação com a violência no Egito. O Departamento de Estado pediu aos americanos que não façam viagens ao país africano a não ser que seja essencial. Além disso, vários voos para o país foram cancelados.
Ao menos cinco manifestantes morreram e cerca de 870 ficaram feridos nos protestos, afirmaram fontes médicas hoje. Com as mortes, subiu para ao menos 12 o número de vítimas nos confrontos. Para conter os manifestantes, o governo colocou o Exército na rua, impôs toque de recolher e interrompeu o acesso a telefones celulares e à internet.
O Egito é um dos países mais influentes no Oriente Médio, e o desenrolar dos protestos podem ter ressonância em outros países --entre eles grandes produtores de petróleo. Além disso, analistas apontam que o risco de confrontos na região levaram investidores a alocar recursos em ativos considerados mais seguros, como é o caso do petróleo.
O mercado de petróleo nos EUA ainda repercutiu positivamente os números do PIB (Produto Interno Bruto) americano. Apesar de o número principal ter sido menor que o esperado (a economia do país cresceu 2,9% no quarto trimestre, contra expectativa de alta de 3,5%), os dados de consumo das famílias vieram melhores.
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