25 dezembro 2009

Review do ano de 2009 (Parte 3)

Março começa com 3 frases vindas de grandes nomes da liderança norte americana: “Todas as tropas dos Estados Unidos no Iraque deverão sair do país em 31 de dezembro de 2011 (Barak Obama)”, “Estados Unidos estão passando por pior crise fiscal da história (Timothy Geithner)” e “Terceira onda da crise irá atingir países pobres (Dominique Strauss-Kahn)”.

Foi nesse mês também que a grande fusão da Sadia com a Perdigão foi confirmada, conforme já vinha sendo comentado a algum tempo nas rodas de investidores. Lula fez uma pronunciação dizendo que a crise foi causada por “gente branca de olhos azuis” ... “não é justo que negros e índios paguem a conta”.

Mês de Abril começa com a melhor rentabilidade da BOVESPA desde abril de 2008, com 7,18% positivos. A reunião da cúpula do G20 em Londres causou uma revolta, que culminou em 87 presos e 1 morto.

Mais um esquema pirâmide foi descoberto nos Estados Unidos, e dessa vez era “encabeçado” por Edward Stein, um gerente de fundos de alto risco. O calote foi avaliado em mais de US$ 55 milhões. Brasil passa por mais uma avaliação do Standard & Poor’s e mantém o selo Investment Grade.

Ocorreu também a saída traumática de Antonio Francisco Lima Neto do comando do Banco do Brasil, mesmo após muito esforço de Guido Mantega para que isso não acontecesse. Tesouro dos Estados Unidos exige que GM organize o pedido de falência, ocasionando queda brusca nas ações da empresa. Outra queda foi a da NET, após ANATEL acabar com a cobrança do ponto extra nas TV’s por assinatura.

Review do ano de 2009 (Parte 2)

No mês de Janeiro de 2009 as bolsas iniciaram com a complicada missão de recuperar as perdas do ano de 2008, quando a BOVESPA fechou o ano com uma queda de mais de 40% e a Dow Jones com uma queda de aproximadamente 33,8%. Logo no primeiro pregão de 2009 as ações da Petrobrás fecharam com uma alta de 7,44% impulsionadas por problemas na Faixa de Gaza.

Problemas entre a Rússia e a Ucrânia passam por altos e baixos e nesse período a Rússia cancela o fornecimento de gás para pais Europeu. Somente alguns dias depois chegam a um acordo e o fornecimento é restabelecido.

Barak Obama toma posse da Presidência dos Estados Unidos no dia 20 de Janeiro, causando uma queda geral nas bolsas pelo mundo, Ibovespa cai em mais de 4% assim como a Dow Jones.

Em Fevereiro, devido a crise mundial, a Balança Comercial do Brasil registrou o primeiro déficit em quase 8 anos. Luiz Inácio Lula da Silva admite após os dados da pesquisa industrial de Dezembro de 2008, que o pais poderia sofrer uma retração no ano de 2009.

Surge boato da compra da Positivo pela Lenovo, impulsionando as ações da empresa a mais de 78%, mesmo com negação por parte da Positivo. No Brasil era comemorado o carnaval e nos EUA a Dow Jones estava complicada com uma queda de 3,41%.

Review do ano de 2009 (Parte 1)

Bom pessoal, depois de algum tempo sem postagens novas, aqui estou eu novamente e espero que consiga regularidade nas postagens. Esse ano que se passou foi uma ótima escola para mim e pretendo levar a diante muitos projetos que acabei engavetando por um motivo ou outro no decorrer de 2009. Um desses projetos é o do Debate Econômico, que tem por objetivo principal buscar através das diferentes análises de um único fato, nos enriquecer no que tange o comportamento da economia em si e dos agentes econômicos que nela estão inseridos.

Recebi uma retrospectiva dos fatos mais importantes relacionados direta ou indiretamente com as bolsas de valores mundiais e em especial com a BOVESPA, e vou tentar repassar um pouco do conteúdo dele aqui.

Espero que possamos com isso nos lembrar dos acertos e principalmente dos erros que se passaram esse ano para que os tomemos como base para buscar melhorias para nós e para os outros a nossa volta.

23 maio 2009

Guardar para perder ou para ganhar?


Essa foi a pergunta que surgiu quando chegou a mídia que a Vale havia reduzido o seu plano de investimento para 2009 – antes havia anunciado um investimento de US$14 milhões e agora anunciou um investimento de US$9 milhões, 36% de redução. A noticia causou certo desconforto nos fornecedores da empresa, pois mesmo sem essa “redução”, já se viam prejudicados com uma diminuição de 30% na demanda por equipamentos.
Especialistas questionam o fato de a empresa ter tomado essa decisão, pois em 2008 a empresa vendeu ações para se capitalizar e guardou US$12 milhões com esse negócio, com isso teria capital monetário o suficiente para manter seus planos iniciais de investimentos. Afirmam que esse seria o melhor momento para a empresa investir, pois a demanda está baixa, possibilitando assim uma maior tranqüilidade para investir e desenvolver projetos, e se estruturando para quando a demanda voltar a crescer.
Outros, como Antônio Emílio Ruiz (analista do Banco do Brasil), acreditam que a decisão da empresa foi acertada, pois agora o preço do metal está muito baixo, tornando inviável a exploração, sendo acertada a decisão da companhia de “preservar o caixa”.
Do ponto de vista estratégico acredito que realmente é uma decisão boa tomada por ela, mas um tanto quanto conservadora demais para o período que estamos passando. Uma decisão mais arrojada talvez viesse a fazer diferença quando a demanda voltar a crescer e não houver no mercado, alguém que consiga supri-la. Mesmo considerando uma boa decisão, eu acredito que valeria a pena uma análise mais “audaciosa” sobre o assunto.

05 abril 2009

Nova usina de biodiesel da Petrobras aumentará a produção

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugura na próxima segunda-feira (6) a terceira usina de biodiesel da Petrobras, no município mineiro de Montes Claros. As primeiras unidades foram inauguradas em Candeias (BA) e Quixadá (CE). A cidade foi escolhida para sediar a usina devido à sua "excelente logística rodoviária e ferroviária", disse hoje o presidente da Petrobras Biocombustível, Alan Kardec, durante coletiva na cidade mineira.

Kardec informou que a capacidade de processamento da nova usina, batizada com o nome do educador Darcy Ribeiro, deverá ser ampliada dos atuais 57 milhões de litros de biodiesel anuais para 80 milhões de litros/ano até 2013.

Segundo ele, o aumento da capacidade instalada atingirá também a usina de Quixadá e será efetuado de forma gradual, a partir de ajustes que serão realizados no processamento. "Com esses ajustes, vamos aumentar a receita e reduzir o custo operacional", disse.

Também a usina de Candeias passará por um processo de ampliação de capacidade, que deverá atingir 114 milhões de litros/ano em 2013. A construção da nova usina envolveu investimentos de R$ 95 milhões. Sua capacidade de produção corresponde a 33% da necessidade de consumo de B3 de Minas Gerais.

O B3 é a adição de 3% de biodiesel ao diesel. O funcionamento da unidade foi iniciado em janeiro deste ano. Kardec disse que já foram produzidos até agora três milhões de litros de biodiesel. No leilão realizado em março passado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a usina vendeu a sua produção para a entrega prevista nos próximos três meses.

A usina possui um grande diferencial, que é o elevado sistema de automação, afirmou Alan Kardec. "Ela possui 3.500 pontos de controle, que nos permitem acompanhar em tempo real todas as fases do processamento, até a saída do caminhão carregando biodiesel".

Para o presidente da Petrobras Biocombustível, "o Brasil está à frente do mundo na questão do biodiesel, que ajuda na redução do aquecimento global e, conseqüentemente, na preservação da vida. É uma questão de vida".

A estatal quer firmar contratos de cinco anos de duração visando estimular o desenvolvimento sustentável dos pequenos agricultores e gerar emprego e renda no campo. "No caso especial de Montes Claros, há uma meta nossa de atingir 20 mil agricultores familiares. Já temos contratados 8.200 agricultores familiares", afirmou.

Os pequenos produtores rurais vão garantir o suprimento de matéria-prima para a Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, destacou Kardec. Foram distribuídas 100 toneladas de sementes de mamona e girassol aos agricultores.

A empresa está em negociações com o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) com o objetivo de agilizar o acesso dos agricultores rurais ao crédito de custo agrícola. O Plano Estratégico da Petrobrás para o período 2009/2013 destina à Petrobras Biocombustível US$ 2,4 bilhões.

As informações são da Agência Brasil.

15 março 2009

Unipar tem prejuízo de R$ 145 milhões em 2008

O grupo Unipar, detentor de diversos grupos químicos brasileiros, anunciou hoje prejuízo líquido de R$ 152,3 milhões no acumulado de 2008. Um ano antes, a companhia lucrou R$ 145 milhões. No entanto, segundo a Unipar, os resultados não podem ser comparados devido às mudanças contábeis da Lei nº 11.638/07 e à reestruturação de portfólio de negócios da companhia, incluindo a constituição da Quattor e à venda das participações na Petroflex e União Terminais, que resultaram num ingresso de recursos da ordem de R$ 607 milhões.

Sem adequação à nova lei, o prejuízo da Unipar seria de R$ 76,5 milhões em 2008. No quatro trimestre de 2008 houve prejuízo R$ 50 milhões, correspondentes a R$ 25 milhões antes das novas regras contábeis.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações)da companhia foi de R$ 412,8 milhões em 2008. No mesmo período, o faturamento bruto atingiu R$ 6,639 bilhões. Já o lucro operacional foi negativo, com prejuízo de R$ 515 milhões.

09 março 2009

Bolsa de Nova York volta a atingir nível mais baixo em 12 anos

A Bolsa de Nova York terminou em queda nesta segunda-feira, em uma sessão de oscilações, encostando em seus níveis mais baixos dos últimos 12 anos com a ausência de indicadores que norteassem os negócios e em meio ao pessimismo dos investidores. No Brasil, a Bovespa recuou pelo terceiro pregão consecutivo (queda de 0,98%), mesma tendência verificada nas Bolsas europeias e asiáticas --a Bolsa de Tóquio atingiu seu menor nível em 26 anos.

O Dow Jones Industrial Average perdeu 1,21%, encerrando a 6.547,05 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq cedeu 1,95%, a 1.268,64 unidades. Assim, os dois índices de Wall Street voltaram a atingir seus recordes negativos de fechamento, o pior patamar desde abril de 1997 e outubro de 2002, respectivamente. O índice ampliado Standard & Poor's 500 caiu 1,%, a 676,53 unidades, nível que não era registrado desde setembro de 1996.

"Não é pânico, mas sim sofrimento contínuo", afirmou Gregori Volokhin, analista da Meeschaert New York. "Temos um público de investidores cada vez mais preocupado, cada vez mais descontente."

Depois de oscilar entre alta e baixa durante a manhã, o Dow Jones, que havia perdido 6,2% na semana passada, operou no vermelho até o fim da sessão, com um volume de operações moderado. Antes de começar a cair, a fusão entre os laboratórios farmacêuticos Merck e Schering-Plough, avaliada em US$ 41,4 bilhões, trouxe ânimo aos negócios.

"Mais uma vez, o mercado não conseguiu se manter, apesar de notícias construtivas", considerou Volokhin.

Os investidores receberam bem no começo do dia o anúncio de que a General Electric (encerrou em alta de 4,96%, a US$ 7,41) e o Bank of America (ganho de 19,43%, a US$ 3,75), duas empresas que concentraram os temores do mercado recentemente, venderão obrigações garantidas pelo Estado, podendo, assim, conseguir financiamentos.

No entanto, todas as tentativas de recuperação foram esfriadas pelos "graves diagnósticos" sobre a economia mundial emitidos pelo megainvestidor americano Warren Buffett e pelo Banco Mundial.

Buffett comparou a atual conjuntura a um "Pearl Harbor econômico", enquanto o Bird considerou que a economia mundial registrará sua primeira contração desde 1945.

O mercado obrigatório recuou. O rendimento dos bônus do Tesouro a 10 anos subiu a 2,886%, contra 2,828% na sexta-feira, e o dos títulos a 30 anos, a 3,593%, contra 3,503%.

Ao longo desta semana, os investidores aguardam a divulgação do índice de desempenho das vendas no varejo nos EUA, na quinta-feira (12), e o de confiança do consumidor, da Universidade de Michigan, na sexta (13). Amanhã (10), o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, deve fazer um pronunciamento.

05 março 2009

Review do dia 05/03

Hoje o índice Bovespa teve uma retração de 2.69% e a Dow Jones com baixa de 4.09% seguidas por uma baixa na maioria das bolsas ao redor do mundo. Essa baixa foi devida ao pacote de incentivos chinês que foi apresentado durante o congresso do partido comunista chinês. O Premier Wen Jiabao informou que o governo pretende injetar US$585 bilhões na economia como já havia sido divulgado em novembro do ano passado. Os investidores estavam aguardando na espectativa que o plano tivesse o valor elevado para a casa de US$ 1 trilhão, algo que nem foi mencionado pelo líder asiático.
O dolar comercial foi vendido por R$ 2,382, com um aumento de 0,50% sobre a cotação de ontem. O risco-país está marcando 456 pontos, um aumento de 5,80%.
Agora a preocupação com os indicadores do mercado de trabalho americano que serão dvulgados amanhã. O grande temor é por um numero que revele que a situação do mercado americano é pior do que se esperava: a perda de 640 mil postos de trabalho em fevereiro.
O BCE (Banco Central Europeu) reduziu a taxa básica de juros vigente na zona do euro de 2% ao ano para 1,5%, isso já era algo esperado por grande parte dos economistas.
Outra grande incógnita no mercado mundial é a gigante automobilística General Motors que está cada vez mais próxima de recorrer à concordata. A GM tem até o final deste mês para fechar os acordos com os credores e os sindicatos de trabalhadores para mostrar ao governo, a quem já recorreu, que tem condições de continuar funcionando.
Para poder receber empréstimos o presidente da gigante que nos anos ateriores recebia um salário milionário afirmou que no ano de 2009 irá receber apenas US$ 1 dolar. Isso é uma forma de demonstrar ao governo americando que a empresa está cortando todos os gastos possíveis, e até improváveis, para que possa se reerguer.

NCPAM

Para quem tem interesse em ampliar seus conhecimentos sobre questões relacionadas aos acontecimentos recentes no ambiente politico-econômico na Amazônia, um bom site para se colocar a par de tudo é o site da NCPAM que sempre está trazendo assuntos de interesse da região norte, abordando de forma direta e franca os assuntos.
O Núcleo de Cultura Política do Amazonas resulta do debate acadêmico na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Sendo uma expressão do curso de Ciências Sociais, interessado em estudar e compreender as relações sociais, culturais e políticas a partir da complexidade das forças sociais que operam na Amazônia. O NCPAM tem como meta ampliar as discussões, formar rede propositiva de interação que responda às demandas sociais e requer objetividade e determinação dos envolvidos. Compete ao NCPAM celebrar parcerias com instituições público e privada, pactuar ações, prestar consultorias e outros serviços afins. Os produtos a serem gerados podem ser identificados na publicação em revista, jornal, audiovisual, seminário, congresso e outras formas de interação e participação. Participar da vida pública como atores pensantes que sejam capazes de propor, formular, avaliar e analisar criticamente a prática social e política na perspectiva de sustentar novas matrizes do pensamento, contribuindo para pesquisa científica, planejamento participativo e cooperativo, cidadania ativa, bem como a formulação de políticas públicas e de controle social das instituições democráticas.
Fica aqui um convite a todos que se interessam para acompanhar no site da NCPAM.

03 março 2009

Venda de carros nos Estados Unidos tem pior resultado em 30 anos

As principais montadoras que atuam no mercado norte-americano apresentaram nesta terça-feira fortes reduções em suas vendas no mês de fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior. General Motors e Ford perderam cerca de 50% de vendas, enquanto na Toyota e na Chrysler recuaram na casa dos 40%. Este é o pior resultado em 30 anos.

A GM foi a que apresentou o pior desempenho. A empresa anunciou uma queda de 52,9% das vendas no país em fevereiro, com 127.296 unidades ante 270.423 em fevereiro do ano passado. A venda de caminhonetes sofreu mais, com perda de 55%, enquanto a de veículos leves recuou 50%.

A Chrysler, por sua vez, vendeu 84.050 unidades, 44% a menos do que em fevereiro de 2008. Já a Ford vendeu 96.044 unidades no mês passado, contra 192.248 no mesmo mês em 2008. A queda foi de 48%.

As vendas da montadora japonesa Toyota recuaram 39,8% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 109.583 unidades. Em fevereiro de 2008 foram vendidas 182.169 unidades. Segundo a empresa, as vendas de carros caíram 36,3%, para 64.956 unidades. Já as vendas de caminhões leves tiveram queda de 44,4%, para 44,627 unidades.

O setor automobilístico se tornou um dos mais afetados por uma crise que começou no setor financeiro e acabou por jogar a economia dos EUA em recessão. O diário americano "The Wall Street Journal" ("WSJ") informou recentemente que conselheiros independentes do Departamento do Tesouro começam a estudar "seriamente" a possibilidade de que as montadoras americanas GM (General Motors) e Chrysler tenham de ser protegidas sob o "Chapter 11", o capítulo da legislação americana que regulamenta as falências e concordatas.

A GM e a Chrysler, outra montadora americana com problemas, apresentaram seus planos de reestruturação ao Congresso, como contrapartida pela ajuda de US$ 17,4 bilhões oferecida a ambas em dezembro do ano passado. As duas empresas solicitaram uma quantia suplementar --US$ 5 bilhões para a Chrysler, que já obteve US$ 4 bilhões, e até US$ 16,6 bilhões para a GM, que já conseguiu US$ 13,4 bilhões.

Crise no Japão

Hoje a filial financeira do grupo automobilístico Toyota anunciou que vai solicitar um empréstimo ao governo japonês, devido à crise econômica mundial. A empresa não revelou o valor a ser solicitado, mas, segundo a imprensa local, o valor deve chegar a cerca de US$ 2,1 bilhões.

"É uma medida destinada a diversificar nossas fontes financeiras, no momento em que a situação está cada vez mais difícil no mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos", disse à France Presse um responsável da Toyota Financial Services, Mio Sugito.

02 março 2009

Bovespa fecha com forte retração de 5,10%, em um dos piores dias do ano

Como hoje foi meu primeiro dia de faculdade e estava especialmente quente o dia, tive que terminar um site hoje também poi terei uma reunião para mostrar para o cliente amanhã, acabei ficando com pouco tempo para a postagem de hoje. Mas quando fui dar uma olhada no que tinha se passado no dia acabei dando de cara com essa notícia. Assim sendo me senti na obrigação de postá-la.

Eu pretendia falar um pouco sobre um site que encontrei, mas vou deixa isso para a próxima postagem, e pretendo falar um pouco também sobre a faculdade e os meus planos .... espero ter um pouco mais de tempo amanhã.

Abaixo o texto.

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A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou a sua pior queda em quase dois meses na jornada desta segunda-feira. O prejuízo histórico da norte-americana AIG gerou um princípio de "quase pânico" no mercado, com investidores temendo mais balanços desastrosos de grandes instituições financeiras. O dólar fechou a R$ 2,44, a maior taxa desde dezembro.

O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, desabou 5,10% no fechamento, aos 36.234 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,91 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em forte baixa de 4,24%, uma variação fora do normal para o mercado americano, caindo para abaixo dos 7.000 pontos pela primeira vez em mais de 11 anos.

"Tem muita gente no mercado achando que 2009 já é um ano perdido para as Bolsas de Valores. E o problema é que nós temos ainda mais dez meses pela frente", comenta Ivanor Torres, analista da corretora gaúcha Geral. "[Com o resultado da AIG] A percepção geral é de que a situação é ainda mais crítica do que se imaginava. Mesmo com todas essas iniciativas dos governos para deter a crise, a sensação é que o revés é forte demais e vai demorar para melhorar", acrescenta o profissional.

O dólar comercial foi cotado a R$ 2,442, em alta de 3,03%, a maior disparada desde dezembro. A taxa de risco-país marca 454 pontos, número 8,09% acima da pontuação anterior.

O Banco Central evitou intervir no câmbio, mesmo com as oscilações bruscas do dia, o que criou expectativas pela abertura dos mercados amanhã.

"Todo mundo esperava que o Banco Central pudesse voltar e colocar um pouco de dólares no mercado, o que não ocorreu e isso com certeza contribuiu [para o dólar de hoje]. Vamos ver como fica amanhã: o mercado vai querer ver se o BC vai ficar de fora de novo caso a taxa inicie o dia com uma alta forte", afirmou Luiz Fernando Moreira, profissional da mesa de operações da corretora Dascam.

Perdas sem precedentes

O mercado foi varrido por uma onda de nervosismo após a gigante americana de seguros AIG ter anunciado um prejuízo sem precedentes de US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre. As perdas históricas dessa empresa desencadearam o temor de que outras instituições financeiras, também fortemente comprometidas pela crise dos créditos "subprimes", abram números tão ruins quanto a seguradora, que deve receber uma injeção de US$ 30 bilhões a título de ajuda oficial.

Outro banco de grande porte, o banco britânico HSBC, reportou resultados também desanimadores: a instituição apurou um lucro de US$ 5,728 bilhões em 2008, número 70% abaixo do registrado no exercício anterior. O grupo financeiro também comunicou o fechamento de 800 agências e a demissão de 6.100 funcionários nos Estados Unidos.

O balanço da AIG foi o estopim mas não o único motivo para a derrocada das Bolsas e a corrida pelo dólar nos mercados globais. Os indicadores da Ásia, Europa e EUA reforçaram a percepção de uma forte contração da economia global, o que contribui para elevar o nível de aversão ao risco.

Nos EUA, o ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês) apontou que o setor manufatureiro teve o 13º mês consecutivo de contração. E em um das poucas notícias positivas do dia, o governo americano informou que o volume de gastos do consumidor teve alta de 0,6% em janeiro, interrompendo uma sequência de seis meses de retração consecutiva deste indicador. Já a renda das famílias teve um aumento de 0,4%. Os números estão bem melhores do que o consenso entre os analistas do setor financeiro.

No Japão, as vendas de carros despencaram 32,5% em janeiro, a pior queda desde 1974. Na Itália, uma das maiores economias da Europa, o PIB (Produto Interno Bruto) teve contração de 1% em 2008, segundo o o Istat (Instituto Nacional de Estatística, na sigla em italiano).

No front doméstico, o boletim Focus revelou que a maioria dos economistas de bancos e corretoras aumentou suas "apostas" num corte agressivo da taxa básica de juros neste ano: atualmente em 12,75% ao ano, a chamada "Selic" deve cair para 10,25% até dezembro. Anteriormente, a taxa projetada era de 10,38%.

01 março 2009

Países da UE poderão criar bancos para concentrar ativos problemáticos

Estava como de costume procurando assuntos para trazer, acabei encontrando esse texto que trata de uma reunião que foi feita na cúpula informal neste domingo em Bruxelas. Foi tomada uma decisão favorável às diretrizes estipuladas pelo executivo da UE com relação aos ativos podres que estão hoje no mercado Europeu.

Estava pensando nisso esses dias que passaram e foi uma das coisas que pensei que poderiam ser feitas, mas acreditava que não tomariam essa alternativa como viável, pois seria uma "repetição" do erro que criou toda essa crise mundial. Com a criação de instituições que concentrariam esse tipo de ativo haveria sem dúvida uma grande especulação inicial em cima desse mercado, muitos conseguiriam grandes resultados positivos e sairiam a tempo, pois isso será apenas uma grande bomba relógio, com dia e hora marcada para o novo "crash". O problema é que todos irão buscar resultados imediatos com esse novo mercado que está se criando, mas a grande massa de investidores desavisados não irá perceber que isso é apenas uma forma de adiar o inevitável, pois alguém terá que arcar com os custos disso, e assim como aconteceu nos EUA em 2008 também irá acontecer com os países que buscarem essa solução proposta pela UE.

Confiram abaixo o texto.
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Os líderes da UE (União Europeia) chegaram hoje a um acordo sobre como tramitar os ativos podres que estão castigando os balanços das entidades financeiras, que permitirá aos países que desejarem criar "bancos maus" para reunir esses ativos problemáticos.

O acordo foi anunciado ao término da cúpula informal que aconteceu neste domingo entre os chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros, realizado em Bruxelas (Bélgica).

Os líderes mostraram seu apoio às diretrizes estipuladas pelo executivo da UE, mas ainda devem determinar o método de avaliação dos ativos.

Em princípio --e após definir essas questões técnicas-- o acordo deve ser ratificado na cúpula oficial de governantes que acontecerá em Bruxelas nos dias 19 e 20 de março.

Para a UE, enquanto não liberar os bancos dos ativos danificados --produtos estruturados e créditos duvidosos em sua maioria, que não são líquidos porque não há comprador que os queira--, o canal de crédito não recuperará a normalidade e as medidas de reativação e as ajudas aos bancos não serão efetivas.

Segundo o enfoque de Bruxelas, cada país poderá decidir como prefere tratar estes ativos, separando-os do balanço dos bancos, em uma entidade paralela a cada um ("banco mau") ou em uma para todas as entidades do país, ou oferecendo garantias públicas sobre os mesmos.

Protecionismo

Os dirigentes europeus rejeitaram qualquer ideia de recurso a medidas protecionistas para enfrentar a crise global na cúpula, tentando assim encerrar uma polêmica crescente sobre o tema, iniciada há várias semanas.

Em um texto adotado pelos chefes de Estado e de governo dos países do bloco, eles admitiram que o protecionismo "não é a resposta para a crise atual". Eles reafirmaram também sua vontade de fazer uso máximo do mercado único europeu, que garante a livre circulação das mercadorias, serviços, pessoas e capitais, para sustentar o crescimento e o emprego.

Além disso, a UE anunciou que apoiará caso por caso os países do leste da Europa que estiverem com graves dificuldades financeiras, mas um grande plano de ajuda generalizada está fora de cogitação.

"Está totalmente claro que a UE não deixará ninguém na beira da estrada", disse o primeiro-ministro tcheco, Mirek Topolanek, cujo país preside a UE, ao final da cúpula. Durante a reunião, os líderes europeus disseram que todos os países membros da UE receberão a ajuda necessária em casos apropriados.

27 fevereiro 2009

Embraer diz que demissões são legais e vai recorrer à Justiça

Essa notícia saiu no site da Folha Online algum tempo depois da minha postagem anterior, então coloquei aqui para termos uma visão um pouco mais ampla.

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A fabricante brasileira de aviões Embraer informou nesta sexta-feira que, ainda hoje, pretende entrar com recurso junto ao Tribunal Regional do Trabalho para tentar cassar a liminar que suspendeu as demissões realizadas pela empresa.

A empresa justificou que realizou as demissões "rigorosamente de acordo com todos os preceitos e normas legais existentes" e reafirmou que o corte de cerca de 4.200 funcionários não será revisto. "A Embraer reitera seu profundo respeito aos funcionários que tiveram seus contratos de trabalho rescindidos, mas novamente enfatiza a necessidade de se ajustar à drástica redução de demanda por aeronaves em todo o mundo".

Ainda de acordo com a embraer, a decisão de hoje não acarreta a reintegração dos empregados.

A Embraer, de acordo com a Justiça trabalhista, não poderia realizar uma demissão em massa sem antes negociar com os sindicatos da categoria alternativas para os trabalhadores. Foi esta a principal justificativa do desembargador Luís Cândido Martins Sotero da Silva, presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região (Campinas), ao mandar suspender as 4.200 demissões até quinta-feira.

Na liminar, o desembargador ressalta o fundamento da "impossibilidade de se proceder a demissões em massa sem prévia negociação sindical". O juiz também determina que a Embraer apresente balanços patrimoniais e demonstrações contábeis que justifiquem as demissões.

Divulgação

Demitidos da Embraer fizeram passeata contra demissões em São José dos Campos
O pedido de suspensão foi feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Conlutas e outras entidades sindicais.

A fabricante de aviões anunciou o corte de cerca de 4.200 funcionários no último dia 19. O sindicato, desde a véspera da decisão, já reclamava que tentava, sem sucesso, negociar com a empresa alternativas às demissões.

No dia das demissões, o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, responsabilizou a crise pelas demissões e afirmou que a situação não é passageira, portanto não seria possível "algum tipo de solução transitória".

Audiência

Ontem, o tribunal já havia agendado para a próxima quinta uma audiência de conciliação entre a Embraer e as entidades sindicais para analisar as dispensas, motivadas pela crise internacional e pela queda da demanda por aeronaves.

Martins Sotero da Silva disse ontem em entrevista à Agência Folha que uma negociação prévia poderia resultar em alternativas à rescisão: "Você pode reduzir a jornada, reduzir salário; são mecanismos que podem mitigar esta situação mais grave", afirmou.

Na ação protocolada, as entidades sindicais argumentam que a Embraer ignorou os sindicatos e não estabeleceu nenhum tipo de negociação antes de oficializar a demissão em massa. A decisão de hoje foi classificada pelo presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, como "um gol de placa".

As centrais alegaram ainda que a empresa tem alta lucratividade, o que poderia, na opinião deles, evitar as demissões no momento de crise.

A Força e a Conlutas agendaram um protesto para hoje, a partir das 14h, em São José dos Campos, onde fica a sede da Embraer.

Antes disso, na segunda-feira (2 de Março), deve ocorrer uma audiência de mediação entre a Embraer e representantes dos funcionários, agendada pelo Ministério Público do Trabalho. A audiência atende a representação registrada pelo sindicato para pedir que as demissões da Embraer sejam anuladas.

Dilma

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou que o posicionamento da Justiça "é uma oportunidade para a empresa negociar uma forma mais correta [o destino dos empregados]."

Apesar de reafirmar que o governo foi avisado pela direção da Embraer de que haveria demissões, a ministra disse que a administração "lamentou o fato de ninguém [da empresa] discutir com o governo". "Uma coisa é comunicar na véspera, outra coisa é discutir", disse.

"O presidente [Lula] deixou claro para a diretoria da Embraer seu descontentamento com o fato de que poderia ter sido feita uma ação, já que as questões internacionais e não nacionais levaram a empresa a demitir, que fosse feito de uma forma mais humana", afirmou.

Demissões

A Embraer alegou que os efeitos da crise financeira internacional são os responsáveis pela queda das encomendas, o que gerou a necessidade de demissões.

O corte representa cerca de 20% do efetivo de 21.362 empregados, e se concentram na mão-de-obra operacional, administrativa e lideranças, incluindo a 'eliminação de um nível hierárquico de sua estrutura gerencial.

A Embraer também revisou suas estimativas para 2009. A empresa calcula entregar 242 aeronaves no período (ante 270 na previsão anterior), com uma receita prevista de US$ 5,5 bilhões (ante US$ 6,3 bilhões). Por conta da redução da estimativa de receita, a empresa refez sua previsão de investimentos para US$ 350 milhões neste ano (ante US$ 450 milhões).

Embraer só poderia demitir após negociação sindical, diz juiz

A Embraer não poderia realizar uma demissão em massa sem antes negociar com os sindicatos da categoria alternativas para os trabalhadores, segundo a Justiça trabalhista. Foi esta a principal justificativa do desembargador Luís Cândido Martins Sotero da Silva, presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região (Campinas), ao mandar suspender as 4.200 demissões até quinta-feira.

Na liminar, o desembargador ressalta o fundamento da "impossibilidade de se proceder a demissões em massa sem prévia negociação sindical". O juiz também determina que a Embraer apresente balanços patrimoniais e demonstrações contábeis que justifiquem as demissões.

O pedido de suspensão foi feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Conlutas e outras entidades sindicais.

A fabricante de aviões anunciou o corte de cerca de 4.200 funcionários no último dia 19. O sindicato, desde a véspera da decisão, já reclamava que tentava, sem sucesso, negociar com a empresa alternativas às demissões.

Procurada pela Folha Online, a fabricante de aviões não confirmou o recebimento do texto que comunica a decisão.

No dia das demissões, o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, responsabilizou a crise pelas demissões e afirmou que a situação não é passageira, portanto não seria possível "algum tipo de solução transitória".

Audiência

Ontem, o tribunal já havia agendado para a próxima quinta uma audiência de conciliação entre a Embraer e as entidades sindicais para analisar as dispensas, motivadas pela crise internacional e pela queda da demanda por aeronaves.

Martins Sotero da Silva disse ontem em entrevista à Agência Folha que uma negociação prévia poderia resultar em alternativas à rescisão: "Você pode reduzir a jornada, reduzir salário; são mecanismos que podem mitigar esta situação mais grave", afirmou.

Na ação protocolada, as entidades sindicais argumentam que a Embraer ignorou os sindicatos e não estabeleceu nenhum tipo de negociação antes de oficializar a demissão em massa. A decisão de hoje foi classificada pelo presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, como "um gol de placa".

As centrais alegaram ainda que a empresa tem alta lucratividade, o que poderia, na opinião deles, evitar as demissões no momento de crise.

A Força e a Conlutas agendaram um protesto para hoje, a partir das 14h, em São José dos Campos, onde fica a sede da Embraer.

Antes disso, na segunda-feira (2 de Março), deve ocorrer uma audiência de mediação entre a Embraer e representantes dos funcionários, agendada pelo Ministério Público do Trabalho. A audiência atende a representação registrada pelo sindicato para pedir que as demissões da Embraer sejam anuladas.

Demissões

A Embraer alegou que os efeitos da crise financeira internacional são os responsáveis pela queda das encomendas, o que gerou a necessidade de demissões.

O corte representa cerca de 20% do efetivo de 21.362 empregados, e se concentram na mão-de-obra operacional, administrativa e lideranças, incluindo a 'eliminação de um nível hierárquico de sua estrutura gerencial.

A Embraer também revisou suas estimativas para 2009. A empresa calcula entregar 242 aeronaves no período (ante 270 na previsão anterior), com uma receita prevista de US$ 5,5 bilhões (ante US$ 6,3 bilhões). Por conta da redução da estimativa de receita, a empresa refez sua previsão de investimentos para US$ 350 milhões neste ano (ante US$ 450 milhões).

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Tirei essa matéria da Folha Online, e continuo dizendo que acredito que uma limitação nessa questão relacionada a quanto se deve permitir que os sindicatos interfiram nas decisões tomadas pelas empresas ....

Acredito que esse tipo de negociação deve sim existir, mas tudo tem um limite não acham?

26 fevereiro 2009

Setor bancário americano sofre primeira perda desde 1990

O setor bancário dos Estados Unidos registrou no final de 2008 sua primeira perda trimestral desde 1990, de mais de US$ 26 bilhões, anunciou nesta quinta-feira o regulador bancário FDIC (Corporação Federal de Seguros de Depósitos, na sigla em inglês).

Nos últimos três meses de 2008, os bancos americanos e instituições de poupança enfrentaram "uma alta das provisões associadas aos créditos não honrados, aos prejuízos dos mercados financeiros e às depreciações de ativos", aponta o estudo trimestral.

No acumulado de 2008, porém, o setor bancário americano teve lucros, em um período marcado por várias quebras de bancos regionais. O setor informou um lucro anual global de US$ 16,1 bilhões, queda de 84% em relação a 2007, atingindo o nível mais baixo desde 1990, segundo a FDIC.

"Altos gastos com provisões contra perdas com empréstimos, prejuízos consideráveis em contas comerciais e grandes baixas contábeis em ativos intangíveis e outros contribuíram para o prejuízo líquido do setor", detalhou a FDIC.

O relatório sobre a saúde do setor financeiro dos EUA apontou ainda que as perdas vieram com um aumento no número de bancos considerados de alto risco.

No quatro trimestre do ano passado, eram 252 bancos ou instituições com ativos de US$ 159 bilhões com "problemas", alta de 47% ante o terceiro trimestre e o triplo sobre o quatro trimestre de 2007.

A FDIC aponta ainda como preocupante a queda no fundo de seguro de depósitos da instituição, usada no caso de uma falência de banco para socorrer os correntistas.

A perda no fim do ano passado foi de US$ 15,7 bilhões, ficando o fundo com US$ 18,9 bilhões em caixa. Porém, a agência informou ter separado 17,6 bilhões no quarto trimestre para lidar com falências. 

24 fevereiro 2009

Economia dos EUA sofre "severa contração", diz Fed, mas irá se recuperar em 2010

A economia americana sofre uma "severa contração" e é preciso utilizar todos os instrumentos disponíveis para que o país saia da recessão em que se encontra desde dezembro de 2007, diz o texto do testemunho que o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, apresentará ao Comitê Bancário do Senado nesta terça-feira. Ele prevê, no entanto, que a recessão terá fim neste ano e 2010 será "um ano de recuperação", se forem tomadas medidas pelo governo para estabilizar os mercados financeiros.

"Se ações forem adotadas pelo governo e o Congresso e o Fed forem bem-sucedidos em restaurar alguma medida de estabilidade financeira há uma perspectiva razoável de que a atual recessão venha a terminar em 2009 e de que 2010 seja um ano de recuperação", diz o texto.

A economia dos EUA, no entanto, está em recessão desde dezembro de 2007, segundo o Nber (Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, na sigla em inglês).

Recessão, segundo o Nber, é um significativo declínio na atividade econômica e que costuma durar mais que alguns poucos meses: ela começa quando a economia atinge um pico do ciclo econômico e termina quando atinge o ponto mais baixo. Para o Nber, a economia americana atingiu um pico em dezembro de 2007, marcando o fim do ciclo de expansão começado em novembro de 2001 e o início da recessão.

O critério mais comum para determinar se um país está em recessão ou não, no entanto, é uma sequência de dois trimestres consecutivos de desempenho negativo do PIB (Produto Interno Bruto). Nesse critério, a economia dos EUA também está em recessão --no quarto trimestre houve uma contração de 3,8%, antecedida por uma queda de 0,5%.

Com base em dados de dezembro, analistas consultados pelo diário americano "The Wall Street Journal" disseram que a contração no trimestre passado pode ser revista para baixo e passar a ser de 5%.

Bernanke reafirmou as previsões contidas na ata da reunião de política monetária do Fed realizada no mês passado: para este ano, a taxa de desemprego deve ficar entre 8,5% e 8,8%; a economia deve ter queda de 0,5% a 1,3% neste ano, antes de começar a se recuperar a partir de 2010, a um ritmo de crescimento de 2,5% a 3,5%, com índices talvez mais altos que esses em 2011.

Para o presidente do BC americano, se as condições dos mercados financeiros melhorarem, "a economia vai ganhar apoio crescente dos estímulos fiscal e monetário, do efeito saudável da queda acentuada nos preços da energia e do melhor alinhamento entre os estoques das empresas e as vendas finais".

Mesmo assim, Bernanke destacou a "considerável incerteza" que ainda domina a economia americana.

21 fevereiro 2009

Os Axiomas de Zurique

Muitos já ouviram a frase: "mais vale um pássaro na mão que dois voando". Alguém também certamente já o aconselhou, no setor financeiro, a ter uma carteira de investimentos diversificada ou que só se deve arriscar o que sabe que pode perder.

Porém, na hora de investir, esqueça todas essas "verdades" aclamadas como inquestionáveis. Elas provavelmente estão erradas e não ajudarão você a ganhar dinheiro de verdade. Quem afirma é Max Gunther, autor do livro,"Os Axiomas de Zurique" da editora Record.

O livro é um guia para quem deseja ganhar dinheiro no mercado financeiro e compila as normas de conduta que regem o modo de agir dos bem-sucedidos investidores suíços.

À primeira vista, este código pode parecer assustador, pois não hesita em afirmar o oposto do que as cartilhas de consultoria financeira ditam. Por exemplo, os Axiomas aconselham o investidor a fugir daquilo que a maioria encara como verdade absoluta. Este é o décimo Axioma de Zurique, que você pode conferir na íntegra abaixo:

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O 10º Grande Axioma:
DO CONSENSO
Fuja da opinião da maioria.
Provavelmente está errada.

René Descartes foi campeão mundial da dúvida. Teimosamente, recusava-se a acreditar em qualquer coisa até que a tivesse verificado pessoalmente. Este foi um dos traços que fez dele um bem sucedido jogador-especulador. Morreu há mais de trezentos anos, mas o especulador moderno aproveitará muito - além de passar várias noites agradáveis - da leitura da obra desse encantador homenzinho feioso, com seus olhos negros e penetrantes, o nariz feito um crescente, e dotado de um gigantesco intelecto.

Descartes começa a sua filosofia duvidando de tudo, literalmente, inclusive da existência de Deus, do homem e de si próprio. As autoridades religiosas da sua França natal ficaram furibundas, de maneira que foi melhor ele fugir para os Países Baixos. Continuando a recusar o que outros queriam vender-lhe como verdade, ele buscou meios de descobrir a verdade através dos seus próprios sentidos e experiências. Finalmente, deu com o que considerou uma verdade básica e indiscutível: "Cogito, ergo sum'', ou seja: "Penso, logo existo.'' Agora convencido de que não era apenas um fantasma dos seus próprios sonhos, Descartes continuou a comprovar ou rejeitar outras verdades postuladas. No processo, fez importantes contribuições à matemática, e construiu uma filosofia que, pela pura lucidez do seu pensamento, não foi superada em três séculos - e, na minha opinião, nunca teve concorrentes, sequer quem se lhe aproximasse. No mesmo impulso, também, tanto como hobby quanto porque gostava de vinhos caros e de outros luxos, Descartes estudou cientificamente os jogos.

Na primeira metade do século XVII, existiam umas poucas e mal organizadas bolsas de valores e de mercadorias. Descartes deixou-se fascinar pelo grande e ativo mercado de Amsterdã; se chegou a pôr o seu dinheiro ali, e em quantidades, não se sabe. Sabe-se, porém, que freqüentemente viajava a Paris, às vezes com papéis falsos para não ser preso como herege, a fim de jogar.

Para tomar dinheiro dos trouxas, havia disponíveis jogos de cartas, tabuleiros e roletas. Descartes gostava de jogos que, como o bridge e o pôquer hoje em dia, além de sorte implicavam cálculos matemáticos e psicologia. Estudava os jogos com o cuidado e o ceticismo costumeiros, rejeitando todos os clichês e lugares-comuns da sua época, insistindo em descobrir verdades e falácias por conta própria. Aparentemente, sempre voltava de Paris mais rico do que na ida, às vezes muito mais. Embora o único meio de vida conhecido, ao longo de toda sua vida de adulto, fosse uma modesta herança do pai, Descartes morreu financeiramente muito bem.

O truque, não se cansava ele de repetir em diferentes contextos, é rejeitar o que lhe dizem, até ter pensado tudo pela própria cabeça. Duvidava das verdades afirmadas por autoproclamados especialistas, e recusava-se até a ouvir a opinião da maioria. Escreveu ele: "Não existe praticamente nada que tenha sido afirmado por um sábio e não tenha sido contraditado por outro.'' E também: "Contar votos não serve de nada. Em qualquer questão difícil, é mais provável que a verdade seja descoberta por uns poucos do que por muitos.''

Foi com esta visão do mundo, arrogante talvez, e certamente solitária, que René Descartes freqüentou as mesas de jogo de Paris, das quais saiu rico. Um especulador bem sucedido só tem a ganhar dando atenção às palavras desse homenzinho duro, de olhar penetrante.

Na nossa era democrática, no nosso democrático lado do mundo, tendemos a aceitar sem críticas a opinião da maioria. Se um monte de gente diz que é assim, tudo bem, assim seja. É como nós pensamos. Se não temos certeza de alguma coisa, vamos contar os votos. Desde o primário aprendemos que a maioria está sempre certa. Nos EUA e em outras nações ocidentais, é quase uma religião, principalmente na França e na Inglaterra, ambos países com longas tradições de resolver problemas pelo voto popular. Se 75% das pessoas acreditam em alguma coisa, parece quase sacrilégio perguntar, ainda que num sussurro:

- Ei, esperem aí, será que não podem estar errados?

Guiemo-nos por Descartes: podem.

Nos EUA, é o voto que decide quem governa. É o único meio de fazê-lo. Pelo menos, é o único meio que os americanos aceitam sem briga. São treinados desde a infância a aceitar o desejo da maioria. Às vezes, há quem resmungue contra esse desejo - quem perde uma eleição reclama muito -, mas, no fundo, por trás de todo o som e toda a fúria, sempre se ouve o tema da democracia: "O povo falou. Não se pode iludi-lo. Se é isto que quer, deve estar certo.''

Essa humilde aceitação da opinião da maioria passa para a vida financeira. Não apenas são ouvidos economistas, banqueiros, corretores, assessores e outros especialistas, mas também as maiorias. E isto pode custar dinheiro, pois, como dizia Descartes, é mais provável que a verdade tenha sido encontrada por uns poucos do que por muitos.

Os muitos podem estar certos, mas as probabilidades são contra eles. Pare com o hábito de achar que todas as afirmativas muito repetidas são a verdade. "Um grande déficit orçamentário será a ruína da América'', diz quase todo mundo. É verdade? Talvez sim, talvez não. Descubra você mesmo. Tire suas próprias conclusões. "Na segunda metade da década, aumentarão a inflação e a taxa de juros.'' É mesmo? Não engula, simplesmente. Examine. Não deixe que a maioria manobre com você.

Estudando os outros Axiomas, vimos muitas coisas que são afirmadas por maiorias. Vale mais um pássaro na mão que dois voando. Mantenha uma carteira diversificada. Arrisque somente apenas o que pode se permitir perder. E assim por diante. Todos esses conselhos supostamente sábios fazem parte do consciente popular. Em qualquer coquetel ou reunião, é só trazer investimentos à discussão que os clichês logo aparecem. E, à medida que esses chavões vão sendo repetidos, quem estiver por perto balançará a cabeça, compenetradamente, e dirá:

- Exato. Perfeito! Excelente conselho!

A maioria das pessoas acredita que os antigos clichês são verdades indiscutíveis. Isto posto, vale a pena observar que a maioria das pessoas não é rica.

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Para quem estiver interessado em compra-lo, aqui vão informações úteis ...

"Os Axiomas de Zurique"
Autor: Max Gunther
Editora: Record
Páginas: 160
Quanto: R$ 30
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090.

20 fevereiro 2009

Embraer anuncia demissão de mais de 4.000 funcionários

A fabricante brasileira de aeronaves Embraer informou nesta quinta-feira que, em consequência da crise financeira internacional, vai demitir mais de 4.000 funcionários e revisou para baixo as previsões de produção e investimentos para 2009.

"Como decorrência da crise sem precedentes que afeta a economia global, em particular o setor de transporte aéreo, tornou-se inevitável efetivar uma revisão de sua base de custos e de seu efetivo de pessoal, adequando-os à nova realidade de demanda por aeronaves comerciais e executivas", afirmou a empresa, terceira maior exportadora do país, por meio de comunicado.

As demissões vão atingir cerca de 20% do efetivo de 21.362 empregados da empresa e se concentram na mão-de-obra operacional, administrativa e lideranças, incluindo a "eliminação de um nível hierárquico de sua estrutura gerencial". A empresa informou que a "expressiva mão-de-obra de engenharia mantém-se nos programas de desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, que prosseguem inalterados".

A Embraer também revisou suas estimativas para 2009. A empresa estima entregar 242 aeronaves no período (ante 270 na previsão anterior), com uma receita prevista de US$ 5,5 bilhões (ante US$ 6,3 bilhões). Por conta da redução da estimativa de receita, a empresa refez sua previsão de investimentos para US$ 350 milhões neste ano (ante R$ 450 milhões).

Terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, atrás da Boeing e da Airbus, a Embraer informou que, apesar de ter sede no Brasil, depende fundamentalmente do mercado externo e do desempenho da economia global --mais de 90% de suas receitas são provenientes de exportações--, e que não se beneficia do aquecimento do mercado doméstico brasileiro.

"A Embraer expressa seu profundo respeito às pessoas que ora deixam suas posições na empresa. Respeito pelo trabalho que desenvolveram, pelo tempo de convívio profissional e pessoal, pelo momento difícil que atravessam", diz a empresa.

Protesto

O Sindicato dos Metalúrgico de São José dos Campos informou que vai iniciar protestos contra as demissões da empresa e que o assunto será debatido com o prefeito da cidade, onde fica a sede da empresa, Eduardo Cury.

"Esperamos que o prefeito adote medidas práticas e urgentes para intervir nessa grave situação. Essas demissões terão um impacto extremamente negativo em toda a cadeia produtiva da cidade", afirmou o presidente do sindicato, Adilson dos Santos.

Entre as alternativas defendidas pelo sindicato para evitar demissões estão a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e com estabilidade no emprego. Segundo a entidade, a Embraer tem jornada de 43 horas semanais.

O sindicato apontou ainda que a Embraer, desde sua privatização, em 1994, recebeu cerca de US$ 7 bilhões por meio de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A empresa não confirma os números.

A Embraer já fabricou e vendeu mais de 4.900 aviões que operam em 78 países, nos cinco continentes.

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O texto acima eu retirei da Folha Online, mas gostaria de comentar algo ...

Concordo que os sindicatos desempenham um papel fundamental para o equilíbrio no mercado de empregos, mas eu fico pensando até que ponto eles podem interfirir nas decisões empresariais tomadas.
Analisando do prisma dos executivos, não existe muito o que fazer ante uma crise como a que estamos passando, medidas extremas são necessárias para evitar um impacto ainda maior na economia. Acredito que uma melhor regulamentação nas atribuições dos sindicatos se faz necessária, para evitar que acabem passando dos limites.

17 fevereiro 2009

Queda na Bolsa de Tóquio e recuo das bolsas asiáticas

Nessa terça-feira as Bolsas asiáticas registraram quedas devido ao plano de reestruturação as montadoras General Motors e Chrysler, que deve ser divulgado hoje. A situação no Japão ainda teve um agravante para o mau desempenho que foi o anúncio da renúncia do ministro das Finanças, Soichi Nakagawa.

A queda na Bolsa de Tóquio foi de 1,35%, fechando o dia com 7.645,51 pontos. As outras bolsas asiáticas com um desempenho negativo foram: Hong Kong que recuou 3,79%; o ASX, da Bolsa de Sydney com perda de 0,08%; o Kospi, da Bolsa de Seul fechou com 4,11% negativos e a Bolsa de Xangai teve retração de 2,93% no Shangai Composite.

A renuncia do ministro Soichi Nakagawa é devida às várias críticas feitas a ele e uma acusação de ter comparecido embriagado em uma reunião do G7 ( Grupo dos 7 países mais ricos ). Nakagawa chegou a reconhecer que havia ingerido alcóol antes da entrevista, mas afirma que não estava bêbado e atribuiu seu comportamento a remédios para refriado e a mudança no horário.

A renuncia de Nakagawa foi aceita pelo primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, e seu cargo será temporariamente pelo ministro de Política Econômica, Kaoru Yosano, que irá, temporariamente, desempenhar os dos papeis.

Com relação às montadoras americanas, que vem causando grande preocupação no mercado internacional, devem apresentar seus planos de reestruturação para conseguir verbas do governo americano.

A GM espera receber US$4 bilhões além dos US$9,4 bilhões que já recebeu, e a Chrysler busca US$5 bilhões. O que está gerando o impasse é o fato de nos projetos as montadoras estarem propondo grandes demissões.

16 fevereiro 2009

Primera postagem no Debate Econômico

Olá a todos,

Estou feliz de ter começado esse projeto, já que a muito tempo tenho esse interesse apenas me faltava um pouco de coragem para isso. Sou um grande interessado em tudo o que tange economia, gosto de estar a par do que se passa no mundo e discutir sobre esses assuntos, então cheguei a conclusão que nenhuma forma melhor de fazer isso que montar um blog onde poderia expor meus pensamentos a outros, e os mesmos poderiam dar suas opniões sobre o que penso.

Falando um pouco mais de mim, sou academico de Economia, desde mais novo me interesso muito pela influência de uma decisão qualquer tomada na economia do seu meio. Já trabalhei como Supervisor de Compras na Kodak e na Panasonic, fui também Supervisor Operacional na Kodak. Cursei Processamento de Dados até o 2 período e deixei a faculdade pois o que realmente queria era Economia, e agora pretendo cursar até o final e buscar alguma pós-graduação assim que possível.

Bom, o resto vou deixar para os próximos posts. Pretendo sempre que possível trazer algum assunto interessante para que possamos trocar ideias e debater sobre ele. Espero que tiremos o máximo de proveito para crescermos intelectualmente com o aproveitamento das diversas opniões sobre um mesmo assunto.

Um abraço a todos e até o próximo post.